Anderson
sempre foi fissurado por surf desde os seus 10 anos de idade e isso
configurou o seu estilo de vida. Com chuva ou com sol, sempre esteve presente
nas praias do litoral do RJ e de outros estados do Brasil. Mesmo quando viajava
a trabalho pelo sul, sudeste ou nordeste, dava umas escapulidas para
experimentar picos mais próximos do hotel onde ficava. E os surfistas de alma
são assim: quando passam muuito tempo sem surfar (tipo 10 dias) ficam, no
mínimo, com um semblante estranho... (risos) A gente não pode competir com
isso, não tem jeito. Mulher de surfista tem que gostar do negócio também.
E
eu, como sempre admirei esse seu estilo de vida, assumi o papel de Dona
Parafina, comprei uma prancha pra mim, mandei personalizar e passei a disputar
espaço com as pranchas - as dele e a minha - em casa, no carro e na praia.
Quando ainda morávamos em nosso cantinho em Del Castilho, nossos finais de
semana ficavam restritos a praia, praia, praia, praia, por meio da "Linha
Amarela", e as viagens eram curtas. Nossos passeios mais distantes eram
sempre em torno de Saquá, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, ou seja, lugares
onde há facilidade de se encontrar ondas para surfar. Nessa época, nosso carro
popular com cilindro a gás carregava sempre nossas pranchas em seu teto para
onde fôssemos. Mas eu confesso que estava adorando tudo aquilo, fora o fato de
que, sempre que o Anderson ia me ensinar a surfar, não podia ver uma onda
melhor quebrando perto dele que ele meio que me esquecia de mim e saia como um
louco em direção à danada para pegá-la... e eu ficava lá esperando o fominha
voltar para o outside pra me empurrar numa das 3 míseras ondas que eu pegava
num dia inteiro de surf. Anderson é calmo, mas ele ficava apavorando
quando eu "dropava" (ficava de pé na prancha) e olhava para trás para
ver se ele estava vendo aquilo... (risos). Ele gritava “olha pra freeeeeenteeee
p.....!!!!!!!”
A l o h a!
by Juliana Pimentel
Anderson surfando no quintal de casa
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