Nosso
projeto “Diogo ou Giulia” mexeu um pouco com a minha virilidade no início...
Coisa de gente machista – “nada a ver”. Mas como homem, o fato de se passar um
mês tentando, dois, três meses e a “coisa não dar liga” de jeito nenhum, me
fizera achar que alguma coisa estava rala (risos) – santa ignorância...
Na
brincadeira, eu e Ju colocávamos a culpa um no outro. Mas apesar de tudo e até
mesmo das brincadeiras que eu fazia estrategicamente com vistas a “relaxar o
hipotálamo” da futura mamãe, eu ainda me sentia um pouco mais confiante já que
eu tinha uma carta na manga. Tudo bem, eu explico: eu já havia feito um exame
antes... Éh, isso mesmo... eu tinha feito exame de esperma! (não acredito que
estou contando isso aqui...). Na época em que fiz o exame, a Ju ainda era só
amiga e ficou sabendo disto na ocasião, mas não se lembrava e eu também não
fazia questão de falar. Aliás, eu poderia contar como foi engraçadíssima a
experiência deste exame, mas vou poupá-los disso... (risos)... Anyway, quatro
meses se passaram, cinco, e nada... No desespero, a Ju, nada ansiosa, já estava
até plantando bananeira para não deixar escapar nada. Eis que num belo dia do sexto
mês de tentativas, a Ju volta do banheiro às gargalhadas (de nervoso) e pálida
ao mesmo tempo... Eu pensei: “pronto... o que será que houve com o
hipotálamo dela, será que explodiu???!!!”... Não, o exame de urina que ela
acabara de realizar dava positivo!
Não posso
dizer que a minha reação foi como cena de novela porque não sei expressar
emoções boas e também não forço a barra, mas só Deus sabe o que se passou
dentro de mim quando a Ju me mostrou aquela barrinha esquisita com uns
tracinhos na cor azul passando de uma marquinha rosa mais pra lá do que pra
cá... Claro que só nesse momento, ainda trêmulo, foi que resolvi ler as
instruções no verso da embalagem para decifrar aquele código e então evitar
frustrações.
Abrindo
um breve parênteses (Nessas horas é que eu paro e penso sobre as evoluções
tecnológicas... Por que ainda não inventaram um aparelho no qual você o enfie
em algum lugar do corpo, como nariz, boca, ouvido, enfim, e nele acenda um
elemento verde piscante com a voz do Silvio Santos – brincadeirinha - , mas do
William Bonner dizendo “Você está grávida!” ou um elemento vermelho piscante
dizendo “Ainda não foi dessa vez!!”)
Bom,
continuando, após o exame, óbvio que partimos para o laboratório mais próximo de
casa em busca de um exame de sangue, e aí sim, quando saiu o resultado, ficamos muito
felizes com a novidade e começamos a engolir informações sobre todos os
cuidados com a gravidez através de livros, palestras, e até mesmo alguns sites
confiáveis.
A
gravidez da Ju foi muito tranquila. No início, só ocorreram dois desejos:
Comida japonesa do Manekineko – vomitou a noite inteira – mas a sua expressão
de prazer ao comer aquele Monte Fuji, aqueles harumakis, fez valer o
resultado.
E o
segundo: Häagen Dazs – Pralines and Cream. Esse desejo foi só um pouquinho
complicado, pois o sorvete só poderia ter sido no sabor pralines, e, àquela
hora da noite, eu só encontraria nas conveniências da Blockb Am. Express. No
Recreio só tem duas, e em ambas as lojas havia todos os sabores menos o tal do
pralines. Rodei, rodei e encontrei na segunda loja da Barra. Claro que armei
logo um estoque pra não ter de sair como um louco atrás desse sorvete
estadunidense de novo, neh... Quando cheguei em casa, a gravidíssima Ju estava
dormindo. Eu a acordei e lhe mostrei, todo orgulhoso de mim, o estoque de
sorvete que havia comprado. Ju, ainda grogue, tomou umas três
colheradas, não quis mais, e ainda disse “Eu não falei que queria um monte
de sorvete, só queria um...” E o estoque daquele sorvete “baratinho” foi
ficando no congelador, intacto, por quase toda a gestação. Fora isso, umas
situações totalmente atípicas foram se desenvolvendo, como querer comer arroz e
feijão, batata amassada com feijão... Nem as repressões severas de sua
ginecologista obstetra deram jeito naquele estranho e dilatado apetite.
- E o
sexo?
- Vai bem, obrigado.
- Não!!!
Me refiro ao sexo do bebê! Tsc, tsc, tsc
A
piadinha é velha, mas é engraçadinha.
Eu não
tinha nenhum desejo fixo quanto ao sexo do bebê, mas havia uma pontinha de
vontade de que fosse uma menina, idealizando que ela seria mais “chamegosa”
comigo do que um menino, enquanto Ju preferia que realmente fosse um menino.
Eu não
sei se Diogo se preocupava em não me decepcionar, e por isso sempre escondia o
seu pintinho toda vez que fazíamos, ou melhor, que a Ju fazia sua ultra pra
saber o sexo do bebê. Mas no dia em que ele resolveu se revelar, minha sogra
estava conosco. Tudo foi muito emocionante, mas, sempre que minha sogra está no
meio, a comédia também á garantida... O doutor, já tendo identificado o sexo do
bebê, me perguntou: “O que você acha que
é? Eu dei o meu palpite: “Acho que é
uma menina...” E o doutor fez a mesma pergunta pra Ju, e a Ju respondeu: “Acho que é um menino...” Com o palpite
da Ju, o médico confirmou o sexo: “Você
acertou! É um meninão!” Nesse momento, a minha sogra, que estava certíssima
de que seria menina por causa do “teste do garfo e da colher”, que sua outra
nora havia feito, tinha dado “colher”, ou seja, menina, além do tamanho e da forma longitudinal cartesiana
molecular tchubléc tchublin no ratioflái da barriga de sua filha, espontaneamente,
disse assim: “Nããããããooo!! É menina!!.
A reação do médico, que também era idoso, e dono do laboratório, foi a melhor: “Ôôôôôhhh vovó, se eu to dizendo que é
menino, é porque é menino!!! Olha aqui o pinto dele, oh!!!” E desse modo a
convenceu..(risos). Ôh veia danada... Estou pensando em escrever um livro sobre
ela, by the way...
Com a
notícia de que seria um príncipe, rapidamente foquei na causa, e comecei a me imaginar
pai de um meninão, e eu e Ju começamos a montar seu quartinho. O nome Diogo é
em homenagem ao meu pai, por muitos e muitos motivos que me fazem ter muito
orgulho de tê-lo como o meu papai, mas eu queria que essa homenagem fosse
surpresa para ele. Por esse motivo, colocamos um codinome Mateus, mas algumas
pessoas já sabiam que o nome verdadeiro de nosso príncipe seria Diogo, então não
deu pra esconder isso por muito tempo. E assim seguimos com “nossa” gravidez
tão gostosa de viver.
A l o h a
!
By
Anderson Pimentel
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