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JAD – iniciais de nossos nomes: Juliana, Anderson e Diogo – é o nome que criamos para referenciar essa família de origem humilde, que busca viver intensamente de forma planejada, que esbanja gosto pela vida e faz valer a pena cada segundo em que passamos juntos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Viagem à Los Angeles



Quando Diogo completou 8 meses, eu e Ju fomos à Los Angeles. Na verdade esta viagem estava programada para antes mesmo de a Ju engravidar, mas, com a gravidez,  resolvemos focar na gestação e então adiamos o passeio. Minha pretensão maior, claro, era explorar toda a costa da Southern California e surfar todos os point breaks da Costa de Malibu. Já as pretensões da Ju estavam voltadas para fazer tour pela cidade, explorar as lojas, mercados, os parques e os estúdios. Mas, com um pouco de gestão de tempo, talvez conseguiríamos fazer tudo que gostaríamos.


 Impala antigasso no estacionamento de Malibu Beach Park



Saudades do pequeno ainda no aeroporto de Houston... 


Antes de viajar, havíamos contratado um tour por Los Angeles para os dois primeiros dias de estadia, e valeu o ingresso! O pessoal da Starlines foi extremamente pontual, nos pegou de van (shuttle) na hora combinada e nos levou a Hollywood. O ponto de encontro dos turistas foi bem próximo à Calçada da Fama, na Hollywood Avenue, e enquanto esperávamos a hora marcada para início do tour, demos um “rolé” pelo local, onde era possível encontrar diversas lojas de grifes famosas com preços incrivelmente abaixo do que normalmente encontramos por aqui. Ju entrou na loja Victoria Secrets, e me fez carregar uma sacola bem pesada pelo restante do passeio, mas tudo bem...





Os tours foram bem legais. O guia era bem simpático, tinha voz forte e um sotaque engraçado, estilo “do bronx”. Conhecemos Beverly Hills, downtown, Hollywood bowl, Farmers Market, Chinatown, estúdios da WB, etc… Conhecemos também um ponto lá de cultura mexicana, passamos na igreja onde foram filmados trechos do filme Ghost com a atriz Whoopi Goldberg, e outros locais onde foram filmados trechos de outros filmes, como Superman, dentre outros clássicos. O guia falava muito rápido e não dava pra entender tudo o que ele dizia. Almoçamos num lugar famoso e bem legal também, próximo ao Farmers Market, mas, sinceramente, não me lembro mais o nome do local.


 Frio e chuva nos primeiros dias de viagem

 Universal Studios

Hollywood Bowl


Na volta de cada tour, a van nos deixava sempre no mesmo local, mas, no primeiro dia, a dispensamos para poder comprar unssouvenirs, e conhecer o museu de cera Madame Tosseau. O museu é bem interessante e também vale o ingresso.


Só podia ser brasileiro esse turista...



Não havíamos alugado carro para os dias de tour, porque ficaríamos praticamente o dia inteiro curtindo os pontos da cidade, e teríamos van à nossa disposição. Como no primeiro dia dispensamos a van, e tínhamos a intenção de fazer compras num outlet, pegamos um taxi. Ao entrar no taxi, perguntei se o outlet que procurávamos estava muito distante dali, e quanto custaria este trajeto. O motorista disse que daria algo em torno de sessenta dólares, mas iria depender muito do trânsito. Na verdade não tínhamos muita escolha, então seguimos para as compras e durante a viagem eu fui conversando com o motorista sobre os melhores caminhos para as praias da Costa de Malibu, Venice, Santa Mônica, enfim... eu, como sempre, só pensava em surf (risos). Virei pra Ju e perguntei o que achava de pegar o carro que havíamos reservado e checar as praias ainda naquela noite, já que havia previsão de swell, mas a Ju estava “apagada” no banco do carro, debruçada no sacão da Victoria Secrets, e fiquei no vácuo (risos). Bom, chegamos no outlet, e quando a Ju abriu os olhos e viu as lojas, os preços, perdeu o sono rapidamente. O taxista nos esperou para nos levar ao hotel. No momento, eu estranhei essa sua disposição, mas acreditava que o taxi driverrealmente era um nice guy. A ida ao outlet realmente custou o que ele havia estimado, mas eu havia esquecido de perguntá-lo quanto daria o trajeto outlet-hotel. Bom, como já estávamos dentro do carro a caminho do hotel, deixei rolar a “viagem”, literalmente, e quando chegamos lá, ele informou o preço: cento e trinta dólares! Putsss, gastaríamos cento e noventa dólares no total (cerca de 350,00 só de taxi). Quando ele viu a minha cara de poucos amigos, me deu um desconto de 20 dólares. Tsc tsc tsc

Na programação que eu e Ju fizemos, tinha bastante coisa fora praia, e estar na Califórnia a dois dias e ainda não ter visto uma praia, uma ondinha sequer, um píer, estava me deixando inquieto. Mas eu preferia matar tudo que não envolvia praia de uma vez para depois ficar livre para curtir as ondas de lá. Eu e Ju chegávamos no hotel sempre bem cansados dos passeios, e com as mãos cheias de sacolas. Parecíamos revendedores de produtos da 25 de março..(risos). Era inverno e as noites estavam californiamente frias, ou seja, um frio suportável comparado aos dias frios de inverno das serras do estado do RJ. Isso pra gente é frio demais, levando em conta as roupas de frio que levamos. Numa das noites, cansados e com frio, quando então já estávamos prontos para curtir os dias seguintes de forma “livre”, fomos pegar o carro que havíamos reservado. O hotel que nos hospedou ficava a cerca de dez minutos das locadoras de transporte, anexas ao aeroporto – LAX. Contudo, o trajeto de LAX ao hotel foi pra nós um pouco mais complicado do que a gente esperava. Pegamos uma van que circula ininterruptamente entre o hotel e o LAX, e prestei bastante atenção no trajeto para tentar decorar o caminho de volta. Tentei, mas não consegui... Bom, mas alugamos um carro com GPS, então que problema teríamos?? Problemas técnicos no GPS! Enquanto a Ju tentava configurar o aparelho, eu, que não havia admitido, ainda, que não conseguiria chegar ao hotel sem aquele aparelhinho enjoado, fiquei rodando para um lado e para o outro, tão perdido quanto um ganso numa tempestade de neve naquelas freeways longas com trânsito intenso, e retornos a milhas e milhas de distância. Quando senti que a coisa não estava muito fácil, apelei pro GPS do Celular, e por ele consegui, com muito custo, chegar numa avenida que tinha um nome muito parecido com a do endereço do hotel, ou seja, descobrimos que estávamos mais longe de que imaginávamos... Nessa hora, a Ju já estava até chorando, de nervoso e de cansaço, e eu tentando manter a calma para não acabar em Chicago, ou Canadá, wathever...

Acabei me achando pelo GPS do celular e então chegamos ao tão famigerado hotel, depois de cerca de duas horas de idas e vindas pelas estradas de Los Angeles. Entramos no quarto cansados, com sono, e com muita fome... Então eu liguei para o serviço de quarto e a pessoa, que certamente devia estar cochilando (deduzi pela voz e uma certa má vontade), me informou que o serviço havia encerrado. A solução foi me encher de roupa, casaco, gorro, novamente, e procurar uma loja de conveniência. Nessa hora eu me senti num daqueles filmes em que ocorrem assaltos em lojas de conveniência, sabe?... Eu caminhei a pé pelo local que estava totalmente deserto, e entrei numa loja anexa a um posto de gasolina. O “plantonista” da Conveniência tinha todo jeito de ser descendente de mexicano, e economizava palavras. Enquanto eu me esforçava para parecer o mais simpático possível, o “Machete” era totalmente sem expressão e monossílabo... Tudo bem, consegui achar, ao final da loja, uns sandubas naturais industrializados, suco de laranja idem, e refrigerante. Era o suficiente para matar a fome daquela noite fria.

No dia seguinte, como num passe de mágica, tudo passou a dar certo. O tempo abriu e o dia ficou lindo, o GPS do carro passou a funcionar perfeitamente, e nos acostumamos a andar por Los Angeles sem o menor pudor neste e nos demais quatro dias que nos restavam. Fizemos compras no Walmart, conhecemos o parque do Universal Studios, os centros gastronômicos, um pub super bacana. Fomos à Santa Mônica, passeamos pelo famoso Píer e à noite passeamos pelos arredores da badaladaThird Street Avenue.


 Sherk - Universal Studios

Pier de Santa Monica 

No dia seguinte, finalmente pegamos a tão sonhada Pacific Cost Highway, percorremos toda a costa de Malibu, e nela fui escolhendo os picos para eu poder surfar. Conhecemos umas surf shops de lá, peguei algumas informações sobre os point breaks do local, providenciei um bom long John e caí no mar. Neste dia eu surfei em Topanga Beach, e o mar estava muito bom. Muitas direitas e pouca gente na água. A onda lembra muito a de Trestles.


 Costa de Malibu

 Cabeça feita em Topanga Beach

Will Rogers

No dia seguinte, o mar estava um pouco menor, embora estivesse com a mesma consistência. Como Topanga estava muito mais crowd que no dia anterior, resolvi cair em Will Rogers Beach.

Em suma, a viagem foi bem proveitosa apesar do pouco tempo em que estivemos por lá. A única coisa que nos incomodou muito foi a saudade enorme que sentimos do nosso filhote.

Após esta viagem, decidimos que o levaríamos conosco a todos os lugares que quiséssemos conhecer.


Roupa de surf pro Dioguinho

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By Anderson e Juliana Pimentel

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Nascimento do Diogo!


Nossa nova razão de viver nasceu no susto!

Na manhã de 16/03/2009, ainda na 36ª semana de gestação, Ju acordou e estranhou uma mancha que aparecera no lençol de nossa cama. Tínhamos a noção de que rompimento da bolsa, quando ocorre, costuma ser algo bem perceptível. Na dúvida quanto à mancha, chamamos quem?!?!?! Minha apetecida sogra!!! Dona Neide! Sábia! Mãe de quatro filhos e avó de, com o Diogo, dez netos...







Dona Neide olha a mancha no lençol e diz... “É xixi!!”... Como sua expressão não convenceu ninguém, ela fecha UM dos olhos, se aproxima mais, olha beeeeem de perto, passa o nariz, e diz... “Não é xixi não...peraí...”, passa o dedo, lambe, lambe mais um pouco, e diz... “acho que é xixi sim, isso não é a bolsa não... Quando estoura, estoura pra valer... Chama a Grace!” (sua outra filha, também mãe de quatro filhos). Nesse ínterim eu já estava arrumado e pronto para levá-la ao consultório da obstetra, que fica na Tijuca. A Grace viu a mancha e também não soube decifrar o mistério, mas pelo menos teve a iniciativa de ligar para a doutora, que nos orientou a levar a Juliana até lá.

Já no consultório, a coisa ficou mais tensa... Ao examinar a Ju, as expressões da doutora não eram lá muito animadoras. Ao terminar os exames práticos, ela disse o seguinte: Seu filho vai nascer hoje! Me dá um minuto que eu preciso fazer uns contatos... A doutora consultou o hospital que já havíamos agendado, mas não havia vaga naquele dia, e nos disse que não poderia ser nenhum outro hospital longe da Tijuca. Com uma boa doze de autoridade, a doutora conseguiu um encaixe num hospital no Rio Comprido e partimos pra lá. A coisa estava tão séria que a doutora orientou a Ju a chegar no hospital chorando ou fingindo que estava chorando para que pudessem encaminhá-la imediatamente ao centro cirúrgico. Quando chegamos lá, a Grace começou a fingir que estava chorando antes mesmo da Ju começar a ensaiar um choro fake... Naquele momento eu pensei: só tem artista nessa família...(risos). Mas deu tudo certo na recepção do hospital e, em instantes, Ju se encontrava numa sala de cirurgia pronta para o parto. Infelizmente, eu não pude acompanhar este momento, pois estava muuuito gripado, mas a Grace acompanhou tudo, e filmou também. Hoje, vendo as filmagens, a gente vê que a coisa estava séria mesmo. No boletim do parto, Diogo apresentou apgar 4. Significa que, numa escala de 0 a 10, o parâmetro 0 a 3 traduz dificuldade grave de vitalidade extrauterina, e, de 4 a 6, dificuldade moderada. Mas, minutos depois, estava eu lá, do lado de fora da vitrine das incubadoras, babando aquele serzinho cabeludo com carinha de joelho, muito feliz, ao mesmo tempo apreensivo com a nova fase de nossa vida que estava iniciando.









A cada mês fazíamos uma festinha comemorativa. Diogo foi se transformando num menino  lindo!



Na volta da Ju ao trabalho, Diogo ficou sob os cuidados da “Tia Gueiche”, pessoa na qual somos muito gratos pela tranquilidade que nos proporcionou durante os primeiros 14 meses de vida. 




Depois disso, Diogo iniciou uma nova etapa de sua vidinha numa creche em que vem frequentando diariamente, e se desenvolvendo até então. Deixa eu aproveitar o ensejo e agradecer imensamente à toda equipe da Ciranda e a Vovó Neide pela ajuda que vem nos dando, sempre que pode. 









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By Anderson e Juliana Pimentel

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Surf Trip - Ubatuba - Ju de 6 meses


Após cinco meses de gestação tranquila, eu e Ju resolvemos aproveitar um feriado para fazer um passeio à Ubatuba, local que costuma ser destino de surfistas do eixo entre RJ e SP, que procuram por boas ondas e contato com a natureza, longe dos grandes centros urbanos.

Na viagem, demos uma passadinha em Trindade para eu matar a saudade do Cepilho, e na sequência, paramos na Praia do Felix para tomar uma água de coco e conferir as ondas de lá. Como o mar não estava bom, seguimos para a praia Vermelha do Norte que também não apresentava boas condições, então seguimos para o nosso destino.

Check nas praias antes de chegar em Itamambuca

Ju em Trindade posando de 6 meses de gestação


Antes, na busca por um bom lugar para ficar, escolhemos um resort em Itamambuca – O Itamambuca Eco Resort. O lugar é incrivelmente agradável, mas não é barato não. Como, apesar da gravidez, estávamos em ritmo de “aventureconomia”, arriscamos reservar um “chalé camping”, que ficou muito mais em conta. Nas fotos do site, os chalés pareciam um pouco maiores, e as áreas “nobres” ficavam mais afastadas da área de camping do que parecia nas fotos também, mas, tudo bem, a área de camping fica ainda mais perto da praia, o contato com a natureza é ainda maior!!! O contato com a lama e os insetos estranhos também... (risos). O chalé, na verdade, era um cubo de cerca de três metros quadrados, com dois beliches, uma mesa, ambas de alvenaria, e um espelho. Num dos beliches, a cama de baixo era um pouco maior para caber duas pessoas... Menos mal. Banheiro?? Frigobar?? Serviço de quarto?? Os chalés-campings são como “campings”. Os banheiros, cozinha, tudo é comunitário. Em nossa bagagem, além dos itens habituais de viagem, incluindo repelente, tínhamos: pão de forma, pasta de atum, biscoitos, sucos de caixinha, enfim, tudo que pudesse ser mantido em temperatura ambiente, e uma garrafa térmica para salvar a fresco, pelo menos, a água mineral. Então deixamos as coisas no nosso pequeno cubo de alvenaria e corremos para a praia, pois a Ju estava “animada” para filmar a minha sessão de surf. Aliás, tudo naquele dia era motivo para ficarmos longe daquele cubinho safado. Tudo era mais animado do que ficar ali dentro...

Já era quase noite quando terminei minha sessão de surf, e então fomos tomar conhecimento das demais áreas de camping do resort. Neste procedimento, percebemos que os banheiros comunitários não ficavam tão perto dos chalés, e que à noite, sem lanterna, iria ficar difícil caminhar até lá. Ju estava grávida, levantava diversas vezes à noite para fazer pipi. Estava armando chuva, e não tínhamos guarda-chuva nem lanterna. Haviam bichos escrotos, guaiamus querendo invadir o chalé, mosquitos borrachudos sentindo o cheiro do líquido amniótico da Ju, enfim, a solução foi pegar um daqueles sacos preto de lixo que costumam disponibilizar nos chalés e transformá-lo numa privada. Nessa viagem a Ju se revelou ainda mais como uma mulher das minhas... Aventureira e sem frescuras, ao contrário do que muita gente imagina que ela seja com essa carinha de patricinha que ela tem. Mas que a cena foi engraçada, foi! Eu acordava de madruga com um barulhinho esquisito, e quando via, era a Ju, fazendo pipi no saco preto...hahahaahah!!!! Ao acordar, antes de preparar a nécessaire para ir até o banheiro comunitário, até eu acabei fazendo pipi no black bag toilet! Pior foi ter de levá-lo cheio até lá, discretamente, para escoamento.

Imagem externa do "chalé"

Mantimentos e lanche dentro do cubinho

A partir do segundo dia já estávamos acostumados com tudo, mas resolvemos tomar café no restaurante maravilhoso do local, almoçar e jantar fora, enfim, passamos a fazer algumas coisas normais. Pude explorar outras praias de Ubatuba, e a onda de Perequê Açu me chamou a atenção por ser bem longa e cheia no outside e fazer bastante parede e tubos no inside.

Aproveitamos muito bem este feriado lá, gostamos muito do ambiente que deixou um “gostinho de quero mais”. Então combinamos de voltar depois que o Diogo estivesse com dois aninhos, mas desta vez, sem grandes “aventureconomias”.

Outras imagens:





Às margens do rio Itamambuca




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By Anderson Pimentel

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Gravidez da Ju



Nosso projeto “Diogo ou Giulia” mexeu um pouco com a minha virilidade no início... Coisa de gente machista – “nada a ver”. Mas como homem, o fato de se passar um mês tentando, dois, três meses e a “coisa não dar liga” de jeito nenhum, me fizera achar que alguma coisa estava rala (risos) – santa ignorância...

Na brincadeira, eu e Ju colocávamos a culpa um no outro. Mas apesar de tudo e até mesmo das brincadeiras que eu fazia estrategicamente com vistas a “relaxar o hipotálamo” da futura mamãe, eu ainda me sentia um pouco mais confiante já que eu tinha uma carta na manga. Tudo bem, eu explico: eu já havia feito um exame antes... Éh, isso mesmo... eu tinha feito exame de esperma! (não acredito que estou contando isso aqui...). Na época em que fiz o exame, a Ju ainda era só amiga e ficou sabendo disto na ocasião, mas não se lembrava e eu também não fazia questão de falar. Aliás, eu poderia contar como foi engraçadíssima a experiência deste exame, mas vou poupá-los disso... (risos)... Anyway, quatro meses se passaram, cinco, e nada... No desespero, a Ju, nada ansiosa, já estava até plantando bananeira para não deixar escapar nada. Eis que num belo dia do sexto mês de tentativas, a Ju volta do banheiro às gargalhadas (de nervoso) e pálida ao mesmo tempo... Eu pensei: “pronto... o que será que houve com o hipotálamo dela, será que explodiu???!!!”... Não, o exame de urina que ela acabara de realizar dava positivo!


Não posso dizer que a minha reação foi como cena de novela porque não sei expressar emoções boas e também não forço a barra, mas só Deus sabe o que se passou dentro de mim quando a Ju me mostrou aquela barrinha esquisita com uns tracinhos na cor azul passando de uma marquinha rosa mais pra lá do que pra cá... Claro que só nesse momento, ainda trêmulo, foi que resolvi ler as instruções no verso da embalagem para decifrar aquele código e então evitar frustrações.

Abrindo um breve parênteses (Nessas horas é que eu paro e penso sobre as evoluções tecnológicas... Por que ainda não inventaram um aparelho no qual você o enfie em algum lugar do corpo, como nariz, boca, ouvido, enfim, e nele acenda um elemento verde piscante com a voz do Silvio Santos – brincadeirinha - , mas do William Bonner dizendo “Você está grávida!” ou um elemento vermelho piscante dizendo “Ainda não foi dessa vez!!”)

Bom, continuando, após o exame, óbvio que partimos para o laboratório mais próximo de casa em busca de um exame de sangue, e aí sim, quando saiu o resultado, ficamos muito felizes com a novidade e começamos a engolir informações sobre todos os cuidados com a gravidez através de livros, palestras, e até mesmo alguns sites confiáveis.


A gravidez da Ju foi muito tranquila. No início, só ocorreram dois desejos: Comida japonesa do Manekineko – vomitou a noite inteira – mas a sua expressão de prazer ao comer aquele Monte Fuji, aqueles harumakis, fez valer o resultado. 

E o segundo: Häagen Dazs – Pralines and Cream. Esse desejo foi só um pouquinho complicado, pois o sorvete só poderia ter sido no sabor pralines, e, àquela hora da noite, eu só encontraria nas conveniências da Blockb Am. Express. No Recreio só tem duas, e em ambas as lojas havia todos os sabores menos o tal do pralines. Rodei, rodei e encontrei na segunda loja da Barra. Claro que armei logo um estoque pra não ter de sair como um louco atrás desse sorvete estadunidense de novo, neh... Quando cheguei em casa, a gravidíssima Ju estava dormindo. Eu a acordei e lhe mostrei, todo orgulhoso de mim, o estoque de sorvete que havia comprado. Ju, ainda grogue, tomou umas três colheradas, não quis mais, e ainda disse “Eu não falei que queria um monte de sorvete, só queria um...” E o estoque daquele sorvete “baratinho” foi ficando no congelador, intacto, por quase toda a gestação. Fora isso, umas situações totalmente atípicas foram se desenvolvendo, como querer comer arroz e feijão, batata amassada com feijão... Nem as repressões severas de sua ginecologista obstetra deram jeito naquele estranho e dilatado apetite.



- E o sexo?
-  Vai bem, obrigado.
- Não!!! Me refiro ao sexo do bebê! Tsc, tsc, tsc

A piadinha é velha, mas é engraçadinha.

Eu não tinha nenhum desejo fixo quanto ao sexo do bebê, mas havia uma pontinha de vontade de que fosse uma menina, idealizando que ela seria mais “chamegosa” comigo do que um menino, enquanto Ju preferia que realmente fosse um menino. 

Eu não sei se Diogo se preocupava em não me decepcionar, e por isso sempre escondia o seu pintinho toda vez que fazíamos, ou melhor, que a Ju fazia sua ultra pra saber o sexo do bebê. Mas no dia em que ele resolveu se revelar, minha sogra estava conosco. Tudo foi muito emocionante, mas, sempre que minha sogra está no meio, a comédia também á garantida... O doutor, já tendo identificado o sexo do bebê, me perguntou: “O que você acha que é? Eu dei o meu palpite: “Acho que é uma menina...” E o doutor fez a mesma pergunta pra Ju, e a Ju respondeu: “Acho que é um menino...” Com o palpite da Ju, o médico confirmou o sexo: “Você acertou! É um meninão!” Nesse momento, a minha sogra, que estava certíssima de que seria menina por causa do “teste do garfo e da colher”, que sua outra nora havia feito, tinha dado “colher”, ou seja, menina, além  do tamanho e da forma longitudinal cartesiana molecular tchubléc tchublin no ratioflái da barriga de sua filha, espontaneamente, disse assim: “Nããããããooo!! É menina!!. A reação do médico, que também era idoso, e dono do laboratório, foi a melhor: “Ôôôôôhhh vovó, se eu to dizendo que é menino, é porque é menino!!! Olha aqui o pinto dele, oh!!!” E desse modo a convenceu..(risos). Ôh veia danada... Estou pensando em escrever um livro sobre ela, by the way...

Com a notícia de que seria um príncipe, rapidamente foquei na causa, e comecei a me imaginar pai de um meninão, e eu e Ju começamos a montar seu quartinho. O nome Diogo é em homenagem ao meu pai, por muitos e muitos motivos que me fazem ter muito orgulho de tê-lo como o meu papai, mas eu queria que essa homenagem fosse surpresa para ele. Por esse motivo, colocamos um codinome Mateus, mas algumas pessoas já sabiam que o nome verdadeiro de nosso príncipe seria Diogo, então não deu pra esconder isso por muito tempo. E assim seguimos com “nossa” gravidez tão gostosa de viver.




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By Anderson Pimentel



quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Casamento




Hoje, 12/01/2012 estamos comemorando 5 anos de casados!!!! Então vale a pena rememorar o dia em que casamos já que este dia foi tão legal e engraçado também.

Antes de a gente se casar, o dilema era “fazer festa ou não fazer festa??”.

 

Casais como nós, com recursos próprios e suados, não podem se dar ao luxo de fazer qualquer tipo de extravagância sem planejamento. Eu e Ju, empolgados pelo fato de que iríamos nos casar “de papel passado”, chegamos a consultar buffet e igrejas... Por fim chegamos à conclusão de que nosso real desejo era apenas firmar um compromisso, e que vestido de noiva e roupa de pinguim não combinava lá muito com a gente. Então abortamos o plano “festa” e corremos para adiantar o nosso casamento no Cartório mesmo, e olhe lá. No dia do nosso casamento, Ju colocou o mesmo vestido branco “curto”, que usou no réveillon de 2006/2007 que passou comigo, e eu coloquei uma bata branca, uma calça cargo dobrada até a canela com uma sandália de borracha que meu pai havia me dado. Vestidos como se fôssemos passear num final de tarde de primavera no calçadão de Ipanema, fomos dar "uma casadinha básica"  ao nosso estilo, afinal, era só comparecer no estabelecimento para assinar uns papéis.. . Quando chegamos no cartório, levamos um susto, pois nos deparamos com noivas vestidas a caráter, padrinhos e  madrinhas alinhadas, Juiz de Paz realizando cerimônias fervorosas, enfim... nos sentimos estranhos no ninho, com apenas duas testemunhas - minha sogra e uma prima bem querida da Ju. Depois da cerimônia e do sermão que nem sabíamos que haveria, enfim, marido e mulher! Com direito a beijo pra foto, filmagem terceirizada de última hora e tudo. Depois do casamento, comemos um crepe na Olegário Maciel, liguei para os meus pais para informar que havíamos casado, e fomos pra casa descansar um pouco, pois a tarde deste dia ensolarado estava reservado para a nossa sessão de fotografias...







Nossos improvisos são tratados com muito bom humor e tudo sempre diverte muito a gente. Havíamos nos mudado recentemente e não havíamos planejado dispor de grana nem pra álbum de casamento. Mas tínhamos uma máquina de fotografar digital com a lente meio embaçada, e a tampa da “pilha” não fechava de jeito nenhum não fosse o pedaço de silver tape que tirei de uma de minhas pranchas para poder manter a pilha em seu lugar. Mas até que o temporizador automático dela funcionava bem. Havíamos comprado um tripé no mercado popular e ele foi a peça chave para a nossa sessão de fotos. Talvez se tivéssemos contratado um fotógrafo, as fotos não teriam saído tão descontraídas.
Eu acreditei que as fotos ficariam bem legais se as tirássemos numa praia deserta, mas se tratava de um fim de tarde em dia de semana em pleno mês de janeiro. Eis o desafio: encontrar uma praia deserta numa situação dessas com um mínimo de luz solar. Corremos para o “Abricó”, praia que fica no canto esquerdo de Grumari! Parei o carro na pequena falésia e desci para conferir o cenário. Voltei frustrado e preocupado com o tempo que ainda nos restava para fazer as fotos. A Ju me perguntou: “E aí? O que achou?não tem ninguém, neh? Podemos descer?”. E eu respondi: “Ju, tem um monte de gente pelada lá embaixo... Acho que vamos ter muito trabalho cuidando para que não apareça nenhuma genitália desnuda de outrem nas imagens que pretendemos produzir... Melhor corrermos, literalmente, de volta para a Praia da Reserva...“  
E foi lá que improvisamos as imagens para o nosso álbum de casamento.

Os sorrisos ou gargalhadas das fotos foram totalmente espontâneos, pois a corrida contra o tempo de 10 segundos para o enquadramento da foto, e mais o tempo que nos restava de sol que parecia querer mergulhar cheio de sede no oceano, e o vento que sempre nos atrapalhava derrubando o “aparato técnico” fazia a gente morrer de rir.








Mas nem tudo é perrengue, ou é...

No dia seguinte, após a noite de núpcias em nosso próprio ap, nos demos ao luxo de partir para o Club Med Rio das Pedras!!! Essa foi uma surpresa preparada pela Ju, e eu até então não sabia de nada. Acordamos bem cedo, pegamos a Rio-Santos e “o amor estava no ar”, ao som de Save Tonight   &   Falling in Love Again da banda Eagle Eye Cherry – músicas que nos marcaram muito num período em que, digamos, começamos a nos apreciar de uma maneira diferente enquanto ainda éramos apenas amigos. A bordo, Eu, Ju, e nosso companheiro “tripé”.

Chegamos lá, fizemos o check in de um “Day use”. Para quem não sabe, “Day use” significa você ter um tempo determinado para usufruir do que o lugar tem a oferecer, sem direito a quarto e pernoite. Mas sem problemas, qualquer prazer nos diverte, tudo ótimo! Tirando o fato de que teríamos de tirar muitas fotos para completar o nosso álbum de casamento. Foi tudo muito legal, mas a correria de ter de ir de um lugar ao outro para tirar fotos juntos no automático num só dia foi bem cansativo... (risos). Mas valeu a pena. A gente sempre ri bastante quando se lembra de tudo isso. Faríamos tudo de novo!











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By Anderson Pimentel

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vizinhos do mar


Faz conta daqui, faz conta dali, estica a planilha orçamentária para dois, três anos à frente, volta, dá? Num deu!, refaz tudo novamente, tira os custos disso, coloca os custos daquilo, espera-se mais 3 meses... deu? DEEEEEEEEEU! Nos mudamos e contemplamos mais um sonho, que tornou possível ir á praia, para surfar, a pé, de bicicleta, enfim, pra nós a novidade foi um luxo.


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by Juliana Pimentel


Private Parties


Calma, não é nada disso que vocês estão pensando.

Trata-se de uma lembrança legal dessa época, que eram as nossas festinhas, realizadas em nossa própria casa, e A DOIS..rsrs Era bom demais essa doideira heim... com direito a hip hop, trance, muito vinho, aperitivos... Os casais que nunca fizeram isso precisam experimentar essa modalidade de festa. O final da brincadeira é óóótimo!


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by Juliana Pimentel



Imersão da Ju no mundo do surf


Anderson sempre foi fissurado por surf desde os seus 10 anos de idade e isso configurou o seu estilo de vida. Com chuva ou com sol, sempre esteve presente nas praias do litoral do RJ e de outros estados do Brasil. Mesmo quando viajava a trabalho pelo sul, sudeste ou nordeste, dava umas escapulidas para experimentar picos mais próximos do hotel onde ficava. E os surfistas de alma são assim: quando passam muuito tempo sem surfar (tipo 10 dias) ficam, no mínimo, com um semblante estranho... (risos) A gente não pode competir com isso, não tem jeito. Mulher de surfista tem que gostar do negócio também.
 
E eu, como sempre admirei esse seu estilo de vida, assumi o papel de Dona Parafina, comprei uma prancha pra mim, mandei personalizar e passei a disputar espaço com as pranchas - as dele e a minha - em casa, no carro e na praia. Quando ainda morávamos em nosso cantinho em Del Castilho, nossos finais de semana ficavam restritos a praia, praia, praia, praia, por meio da "Linha Amarela", e as viagens eram curtas. Nossos passeios mais distantes eram sempre em torno de Saquá, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios, ou seja, lugares onde há facilidade de se encontrar ondas para surfar. Nessa época, nosso carro popular com cilindro a gás carregava sempre nossas pranchas em seu teto para onde fôssemos. Mas eu confesso que estava adorando tudo aquilo, fora o fato de que, sempre que o Anderson ia me ensinar a surfar, não podia ver uma onda melhor quebrando perto dele que ele meio que me esquecia de mim e saia como um louco em direção à danada para pegá-la... e eu ficava lá esperando o fominha voltar para o outside pra me empurrar numa das 3 míseras ondas que eu pegava num dia inteiro de surf. Anderson é calmo, mas ele ficava apavorando quando eu "dropava" (ficava de pé na prancha) e olhava para trás para ver se ele estava vendo aquilo... (risos). Ele gritava “olha pra freeeeeenteeee p.....!!!!!!!”
 
A l o h a!
 
by Juliana Pimentel
viagens pelo litoral do RJ

Minha prancha personalizada

Anderson surfando no quintal de casa