Quem sou eu

Minha foto
Rio de Janeiro, Brazil
JAD – iniciais de nossos nomes: Juliana, Anderson e Diogo – é o nome que criamos para referenciar essa família de origem humilde, que busca viver intensamente de forma planejada, que esbanja gosto pela vida e faz valer a pena cada segundo em que passamos juntos.

domingo, 15 de julho de 2012

Férias no Hawaii - parte 2

Eu não sei porque inciei a história desta viagem a partir daquela noite de espasmos na varanda do hotel, mas vou voltar no tempo e tentar me lembrar de algumas coisas desde o início, a começar pela jornada Rio – Honolulu:

Na boa, não há como dizer que quase 30 horas entre voos e esperas em aeroportos foram sensacionais. Nós ficamos mortos de cansaço, com dores no corpo e sono descompensado. O único que tirou de letra toda essa maratona, e nos surpreendeu muito foi o Diogo, que curtiu tudo, fez muita gente rir com as suas “cantorias” e observações espontâneas.


almoço com chá de cadeira no aeroporto de Dallas



Nesse longo trajeto rolou muita coisa engraçada, inclusive, um casal de brasileiros, de SP, com um filho que devia ter uns 10 ou 11 anos, nos confundiu com integrantes de um programa de televisão que, por sinal, somos fãs... Primeiro, o pai puxou assunto comigo perguntando se eu era surfista. Como respondi que sim, perguntou em seguida se estávamos apresentando um programa na emissora Multishow, de uma família que viaja em busca de ondas e imagens. Disse que não e expliquei que apenas estávamos fazendo uma viagem em família, com recursos próprios e suados, e que apenas temos um simples blog e tal... e que ele deveria estar nos confundindo com os integrantes do programa “Nalu pelo Mundo”. Ainda assim, o pai nos perguntou se bastava procurar no Google por jad family para encontrar o blog. Isso tudo porque estávamos usando uma espécie de “uniforme” com a nossa marca, então acabamos despertando alguns olhares curiosos.


Diogo não dispensa um lanchinho...


 Até aí, tudo bem, mas, antes disso, no embarque do Rio para Miami, eu tive uma sensação estranha, ao mesmo tempo, cômica... Logo que começou o embarque, embora estivéssemos com o cartão marcado como “prioridade” por causa do Diogo, costumamos sempre deixar que todos embarquem na frente para não ficarmos muito tempo no avião esperando pela decolagem. Principalmente sendo uma viagem longa. Mas, antes mesmo de convocarem o pessoal da primeira classe, a atendente chamou umas três pessoas pelo nome, dentre elas, Anderson Pimentel. Nesse instante eu me senti até importante, mas, quando passei pelo portão, me pediram para aguardar um pouco, pois as outras duas pessoas que foram chamadas estavam passando por um procedimento. Então chegou a minha vez, e eu achei o tal procedimento meio estranho, pois eu precisei me sentar, erguer a calça até a canela, depois a camisa na altura o estômago, e o responsável pelo tal procedimento passou uma espécie de lenço de papel nas minhas canelas, depois no abdome, e em minha mochila também. Foi tudo muito rápido, mas eu não resisti e perguntei que procedimento era aquele. O responsável pelo procedimento respondeu, meio sem graça, que era “detector de explosivo”. 

Porra, ser confundido por integrantes de um programa de televisão ainda vai, mas por homem-bomba é sacanagem! 

Meu bilhete ainda recebeu um adesivo vermelho, em forma de círculo... Eu heim...

Fiquei por alguns instantes me perguntando sobre o porque de ter passado por aquilo e cheguei à conclusão de que “Jad” poderia parecer um nome talibã suspeito... enfim, deixei rolar porque ainda teríamos muitos outros desgastes costumeiros pela frente nessa trajetória até Honolulu.  Depois de embarcados, devido à chuva no Rio, o avião só decolou uma hora depois... Esse então foi o segundo perrengue (pra nós, claro), pois o Diogo não estava nem aí. Tudo era novidade pra elezinho.

Nossa entrada nos EUA foi por Miami, e o agente federal fez questionamentos simplórios e breves. Como eu já estava com mania de perseguição por ter sido suspeita de terrorista, não me senti muito à vontade na imigração. Eu simplesmente não conseguia responder a tudo com bom humor. O agente parecia simpático, mas tive a impressão de que o mesmo ironizou quando eu respondi que nós passaríamos 28 dias de férias em Honolulu. A Ju também percebeu que ele não estava muito convencido, mas não nos importamos muito. O homem-bomba aqui passou batido nessa fase também, e isso era o que importava pra gente. Como a entrada por Miami é sempre muito tumultuada, acabamos perdendo o voo para Dallas no horário programado. O outro voo só saiu duas horas depois. Chegando em Dallas, outro chá de cadeira (3 horas de atraso) e agente já não tinha mais o que inventar para distrair o Diogo, mas o bichinho á tão bonzinho que parecia compreender os nossos esforços para agradá-lo o tempo todo.


Mais lanchinho... benza deus...rs

Chegamos no Hawaii sãs e salvos, num final de tarde muito bonito. Ver o arquipélago de cima é muito irado.  Não fomos recebidos com colares de flores como muita gente imagina por ter visto essa cena no antigo seriado de TV “A Ilha da Fantasia”. Se você se lembra desse seriado, tá velho heim! 

Esgotados e com os traseiros achatados de tantas horas sentados, fomos pegar o carro na locadora e partir para o hotel. Nem nessas horas a Ju me poupa de suas espirituosidades... Eu quebrando a cachola pra instalar a cadeira de criança no carro e ela tirando foto do meu cofrinho...


coins required - quarter dollar

Logo que chegamos, enquanto um funcionário do hotel levava nossas malas para o kitinete, saímos do elevador e nos deparamos com um casal falando Português... É engraçado como nessas horas a gente acaba se sentido amigo de pessoas que acabamos de conhecer. O casal, simpaticíssimo, fez questão de deixar o elevador e conversar conosco. Eles são do Rio e moram em Jacarepagua, quase vizinhos nossos no Brasil. E o “Zé Luis” ainda pegava onda também. Foi ótimo encontrá-los. Zé Luis nos deu dicas valiosíssimas sobre onde comprar, onde comer, onde se divertir, etc...

Diogo adorava tudo que via, e estava iludido de que a kitinete do hotel no qual nos hospedamos era a nossa “casa do Havaí”, que por sinal é ótimo, e fica localizado na rua mais badalada de Honolulu... Na mesma avenida onde iremos instalar a nossa carrocinha de pipoca com sabor de teriyaki para atrair as centenas de japoneses que visitam o HI...rsrs

Os funcionários do hotel já nos tratavam como parentes, tudo lá é muito limpinho e organizado.

Chegar ao hotel e ser saudado com um “Aloooooha”!!! causa uma sensação maravilhosa, e faz a gente se sentir em casa. Sempre que chegávamos ao hotel de carro, os valets faziam questão de perguntar onde eu havia surfado, como estava o mar, e seu nós havíamos tido um dia bom, e eu fazia questão de dizer tudo, com uma empolgação que não me é peculiar...

PS.: Juliana diz que nem que eu ganhasse na mega sena sozinho demonstraria algum tipo de vibração. Ela brinca comigo dizendo que a minha reação seria algo do tipo:... “pô legal..." e complementaria com algo do tipo: "Pelo menos a gente não vai mais precisar vender pipoca, neh... pois então... quando que a gente pode se mudar pro Hawaii de vez?”. hehehe.. Vou aproveitar para deixar registrado aqui que eu não sou uma pessoa fria, apenas não costumo demonstrar muita empolgação com as coisas, sabe? Se algum dia não fiz cara de surpresa quando poderia pelo menos ter me expressado com um "Uau!", é porque não sei mesmo reagir de forma diferente.

 Apesar do cansaço e do efeito Jet lag, eu estava muitíssimo empolgado (do meu jeito, claro) e louco para explorar o lugar. Mas Diogo apagou, Juliana também se aleitou, e eu fui pra rua procurar comida. Voltei para o hotel com pacotes de macarrão instantâneo, e sucos industrializados da ABC Stores.



continua...





Um comentário:

  1. Caraca...

    A história do homem bomba foi demais rsrs, fiquei rindo sozinho.

    Enfim.. o que importa é que tudo deu certo e curtiram adoidados.

    Abs!

    ResponderExcluir