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JAD – iniciais de nossos nomes: Juliana, Anderson e Diogo – é o nome que criamos para referenciar essa família de origem humilde, que busca viver intensamente de forma planejada, que esbanja gosto pela vida e faz valer a pena cada segundo em que passamos juntos.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

JAD family hot roll

Ju sempre admirou as tradições do Japão e sempre se interessou por culinária. Em 2004 surgiu uma oportunidade de participar do curso de culinária japonesa no IBJ – Instituto Brasil Japão, e assim o fez, unindo seus interesses. Ao longo desses 10 anos, seus sushis, makimonos e sashimis passaram a ser motivo para reuniões entre amigos, e isso se tornou tradição. Até mesmo aqueles que nunca tiveram bel-prazer pelo tipo de comida, passaram a gostar. Seu diferencial se caracteriza pela qualidade dos ingredientes, e pelo interesse em aprimorar cada vez mais o sabor de cada combinação possível. Além disso, o carinho depositado em cada produto JAD family é sem dúvida o maior diferencial de todos.

Siga as instruções abaixo para frigir o seu hot roll:


  1. Numa panela, esquente o óleo;




2. Coloque o rolinho, que não precisa ficar imerso na gordura



3. Deixe dourar um lado e vá virando até que o rolinho fique dourado por completo


4. Retire o rolinho e deixe secar em papel-toalha


5. Utilize uma faca de serrinha para cortar o rolinho em peças.



Bom apetite!!!

Sua encomenda acompanha molho shoyo, hashi, nozoki, e uma embalagem super charmosa.


Aloha!
JAD family

domingo, 22 de julho de 2012

Férias no Hawaii - Parte 3


Por uma questão de economia, eu e Ju havíamos nos programado de fazer compras no supermercado no dia seguinte. Pela manhã, como ainda não havia nada “em casa” fomos tomar café no restaurante do hotel imaginando que encontraríamos, no mínimo, bagels e cream cheese, mas tínhamos uma pontinha de esperança de encontrar um banquete típico dos hotéis brasileiros, com diversos tipos de pão, frutas, sucos, manteiga, queijos, presunto, ovos mexidos, etc... Só ao chegar ao restaurante que entendemos o porquê do Zé Luis ter recomendado diversas outras opções fora do hotel. Que café da manhã esquisito era aquele?! Arroz japonês, frutos do mar, ovos mexidos esverdeados, hambúrguer... Não tinha leite quente, somente “half & half”, café com gosto de requentado, açúcar granulado... enfim, encaramos a gororoba e partimos para o Supermercado. 


Gororoba


Escolhemos o Wal Mart para fazer as compras do mês, e nesse primeiro dia já saímos de lá uns U$ 500,00 mais pobres com um carrinho transbordando de roupas, comidas de micro-ondas e dezenas de coisas superfulas. 





Ao sair de lá fomos comer num fast food anexo ao supermercado, e nos sentamos ao lado de uma família típica havaiana. Juliana ficou encantada com a beleza de uma criança de rabo de cavalo quase até a cintura, que estava “matando” vorazmente um sushi enorme. Eu fui espontâneo e disse assim aos pais da criança:

- She is beatiful! Congratulations!

E fui surpreendido com uma frase curta e seca da mãe, enquanto o pai, enorme e mal humorado, me olhava fixamente:

 - He is a boy!

Putzzzz... primeiro fiz cara de Mussum:



Depois piorei a situação quando reagi:

- Oh my God... Really? Doesn´t matter, it´s a beautiful child!

O clima continuou tenso e eu não sabia onde enfiar minha fuça. Acabamos de comer e vazamos de lá. Por essas e outras é que prefiro me manter calado na maioria das vezes em que não estou certo de algo...rs


A intenção desta foto foi a de mostrar os pais do “menino”!


Bom, viramos aquela página e nesse mesmo dia atravessamos a ilha ao encontro do local mais cobiçado do planeta pelos surfistas de todo o mundo: O North Shore de Oahu. Nosso desígnio foi apenas tomar conhecimento das praias nas quais sempre sonhei em conhecer.

O início da estrada que liga Waikiki ao North Shore lembra as freeways da California, mas conforme vai chegando mais para o lado norte da ilha, a estrada vira uma pintura. 



Do alto da estrada é possível ver o mar, e o frio na barriga ocorria toda vez em que eu deslumbrava aquela vista. Eu ficava sempre muito ansioso pra ver as ondas.


Quando se chega ao North Shore há a opção de seguir pela estrada direto à Laniakea ou passar pela histórica, charmosa e surfística cidade de Haleiwa. Como não conhecia o local ainda, fomos parar em Laniakea, que é a primeira praia que se pode ver seguindo pela rodovia principal, a Kamehameha highway. Só descobri que ali era Laniakea porque parei o carro e fui até a praia perguntar ao salva-vidas sobre onde estávamos. O salva-vidas, muito atencioso, foi me dando todas as dicas sobre os picos, dizendo a quantas milhas eu encontraria cada praia famosa do North Shore. 


Laniakea beach

Seguindo pela Kamehameha highway reparamos que há algumas entradas para outras praias, e mais adiante, nos deparamos com a famosa baía de Waimea.



Mais adiante há vários outros picos, até chegar ao beach park mais frequentado pelos locais e pelos Haoles também - Ehukai beach park. É ali que se estaciona para surfar a disputada, e, ao mesmo tempo, temida onda de Pipeline. As bancadas de pedra vulcânica de pipe fazem toda a diferença do restante dos demais points da praia. As ondas que quebram a metros de distância de Pipe são totalmente diferentes dela. Mas são ótimas. Constantes e potentes.



De Ehukai: para a esquerda, vista de Pipe. Para a direita, é possível ver Rocky Point


 A essas alturas eu já havia feito uma leitura desses picos, e comecei a imaginar que tipo de pranchas eu precisaria adquirir. Estava sendo uma tortura ver aquelas ondas e não me jogar no mar. Então falei pra Ju que já era o suficiente, e que no dia seguinte prosseguiríamos no reconhecimento dos picos,  então partimos para Haleiwa para comprar as pranchas.

Em Haleiwa, paramos na loja Surf´n Sea e fomos muito bem atendidos pelo Eric, vendedor. Eu disse a ele mais ou menos o que eu precisava e Eric foi certeiro na escolha da prancha que eu precisava para o “dia a dia”. Separei uma Webber 6´1" de epoxy, design australiano. A escolha da “gunzeira” já não foi tão fácil como a prancha do dia a dia. Subi para o mezanino da loja onde havia dezenas de pranchas maiores, enquanto Ju aproveitava para comprar algumas coisinhas para ela e para o Diogo. Decidi levar também uma 7´0" do shaper brasileiro, e carioca, Ricardo Martins. Enfim, saímos da loja satisfeitos com as aquisições, inclusive Dioguinho com seu novo skateboard. Adesivamos tudo com JAD!






 A loja fica bem próxima à ponte do Rio Haleiwa, que é cartão postal do North Shore, e disse à Ju que nós não poderíamos deixar de atravessá-la a pé. Eu precisava contemplar esse momento em família. Só quem adere o surf como estilo de vida entende isso.





Voltamos para Waikiki realizados por termos conhecido parte do North Shore, principalmente a cidade de Haleiwa.


Ainda com o horário descompensado pelo fuso de 7 horas a menos, fomos dormir cedo. Mas, como já era de se esperar, Diogo acordou às 4h da manhã com a corda toda! Apesar do horário, do silêncio e do escuro, fizemos uma bagunça só no kitinete. Era um dia muito especial, pois Diogo completava 3 aninhos de idade e comemoramos o seu aniversário ali mesmo com direito a bolinho e tudo. Eu estava tão emocionado com aquele momento que não consegui conter as lágrimas e chorei descontroladamente. Juliana teve de distrair o Diogo para que ele não ficasse assustado com o meu surto de emoção. Tratei de me recompor, e a bagunça, com direito a pulos na cama, guerra de travesseiros e ensaios de rock´n roll com o "ukelele" do Diogo durou até o amanhecer.




Essa bagunça nos fez lembrar o refrão da música dos Miquinhos: “E vamos todos morar no Hawaii, tocar guitarra às três da manhã, e a vizinhança de cabelo em pé, e da maneira que a gente quiser!”.

Assim que começou a clarear, pegamos o carro e fomos direto para o North Shore, pois seria o primeiro e tão esperado dia de surf no Hawaii. Partimos para Ehukai, estacionamos o carro no beach park, e fomos para as areias de Pipeline. Nesse dia a ondulação não estava favorável para Pipe, então eu caí no pico ao lado, em frente à “Casa da Volcom”. Com toda a adrenalina correndo solta nas veias, remei com muita vontade para o pico e me familiarizei rapidamente com as ondas, pois elas são quase que apalpáveis, o drop é muito tranquilo, muito certo. Depois de cerca de 1h30 surfando sem parar, fiquei olhando para a areia e contemplando o momento... Estava pegando onda no North Shore, Ju e Diogo logo ali na beira da praia..., que” viagem”!

Esquerda em Ehukai

Diogo fez amizade com uma menina havaiana. Os dois ficaram brincando enquanto eu eu me realizava naquelas águas. O pai da havaianinha, também nativo da Ilha, cantou parabéns para o Diogo no idioma havaiano. Show de bolal!




Saindo do mar, quase voltando... e chuveirada em Ehukai beach park

Depois da caída, fomos almoçar no Foodland do North Shore, uma mercearia muito conhecida por lá, que também vende comida pronta. Essa dica também foi do nosso amigo e vizinho de kitinete, Zé Luis. Do lado de fora do Foodland  tem umas mesinhas com cadeiras, então papamos ali mesmo com direito a vista de "Middle´s", uma enseada paradisíaca, onde também quebram umas ondas interessantes e Sharks cove, local onde rola um mergulhinho com snorkel. 





Depois do rango, descansamos um pouco e voltamos para Ehukai, pois havíamos prometido ao Diogo que o levaríamos à pista de skate chamada "Banzai skate park", pois a pista fica praticamente na direção de Banzai Pipeline. 







Não foi bom para a digestão do almoço, mas a felicidade do Diogo fez valer a aventura na pista.
Voltamos para Honolulu e fomos ao Shopping Ala Moana para que o Diogo escolhesse seus presentes na loja da Disney. Parece que o bichinho saiu de lá bem satisfeito também...





Continua... 


domingo, 15 de julho de 2012

Férias no Hawaii - parte 2

Eu não sei porque inciei a história desta viagem a partir daquela noite de espasmos na varanda do hotel, mas vou voltar no tempo e tentar me lembrar de algumas coisas desde o início, a começar pela jornada Rio – Honolulu:

Na boa, não há como dizer que quase 30 horas entre voos e esperas em aeroportos foram sensacionais. Nós ficamos mortos de cansaço, com dores no corpo e sono descompensado. O único que tirou de letra toda essa maratona, e nos surpreendeu muito foi o Diogo, que curtiu tudo, fez muita gente rir com as suas “cantorias” e observações espontâneas.


almoço com chá de cadeira no aeroporto de Dallas



Nesse longo trajeto rolou muita coisa engraçada, inclusive, um casal de brasileiros, de SP, com um filho que devia ter uns 10 ou 11 anos, nos confundiu com integrantes de um programa de televisão que, por sinal, somos fãs... Primeiro, o pai puxou assunto comigo perguntando se eu era surfista. Como respondi que sim, perguntou em seguida se estávamos apresentando um programa na emissora Multishow, de uma família que viaja em busca de ondas e imagens. Disse que não e expliquei que apenas estávamos fazendo uma viagem em família, com recursos próprios e suados, e que apenas temos um simples blog e tal... e que ele deveria estar nos confundindo com os integrantes do programa “Nalu pelo Mundo”. Ainda assim, o pai nos perguntou se bastava procurar no Google por jad family para encontrar o blog. Isso tudo porque estávamos usando uma espécie de “uniforme” com a nossa marca, então acabamos despertando alguns olhares curiosos.


Diogo não dispensa um lanchinho...


 Até aí, tudo bem, mas, antes disso, no embarque do Rio para Miami, eu tive uma sensação estranha, ao mesmo tempo, cômica... Logo que começou o embarque, embora estivéssemos com o cartão marcado como “prioridade” por causa do Diogo, costumamos sempre deixar que todos embarquem na frente para não ficarmos muito tempo no avião esperando pela decolagem. Principalmente sendo uma viagem longa. Mas, antes mesmo de convocarem o pessoal da primeira classe, a atendente chamou umas três pessoas pelo nome, dentre elas, Anderson Pimentel. Nesse instante eu me senti até importante, mas, quando passei pelo portão, me pediram para aguardar um pouco, pois as outras duas pessoas que foram chamadas estavam passando por um procedimento. Então chegou a minha vez, e eu achei o tal procedimento meio estranho, pois eu precisei me sentar, erguer a calça até a canela, depois a camisa na altura o estômago, e o responsável pelo tal procedimento passou uma espécie de lenço de papel nas minhas canelas, depois no abdome, e em minha mochila também. Foi tudo muito rápido, mas eu não resisti e perguntei que procedimento era aquele. O responsável pelo procedimento respondeu, meio sem graça, que era “detector de explosivo”. 

Porra, ser confundido por integrantes de um programa de televisão ainda vai, mas por homem-bomba é sacanagem! 

Meu bilhete ainda recebeu um adesivo vermelho, em forma de círculo... Eu heim...

Fiquei por alguns instantes me perguntando sobre o porque de ter passado por aquilo e cheguei à conclusão de que “Jad” poderia parecer um nome talibã suspeito... enfim, deixei rolar porque ainda teríamos muitos outros desgastes costumeiros pela frente nessa trajetória até Honolulu.  Depois de embarcados, devido à chuva no Rio, o avião só decolou uma hora depois... Esse então foi o segundo perrengue (pra nós, claro), pois o Diogo não estava nem aí. Tudo era novidade pra elezinho.

Nossa entrada nos EUA foi por Miami, e o agente federal fez questionamentos simplórios e breves. Como eu já estava com mania de perseguição por ter sido suspeita de terrorista, não me senti muito à vontade na imigração. Eu simplesmente não conseguia responder a tudo com bom humor. O agente parecia simpático, mas tive a impressão de que o mesmo ironizou quando eu respondi que nós passaríamos 28 dias de férias em Honolulu. A Ju também percebeu que ele não estava muito convencido, mas não nos importamos muito. O homem-bomba aqui passou batido nessa fase também, e isso era o que importava pra gente. Como a entrada por Miami é sempre muito tumultuada, acabamos perdendo o voo para Dallas no horário programado. O outro voo só saiu duas horas depois. Chegando em Dallas, outro chá de cadeira (3 horas de atraso) e agente já não tinha mais o que inventar para distrair o Diogo, mas o bichinho á tão bonzinho que parecia compreender os nossos esforços para agradá-lo o tempo todo.


Mais lanchinho... benza deus...rs

Chegamos no Hawaii sãs e salvos, num final de tarde muito bonito. Ver o arquipélago de cima é muito irado.  Não fomos recebidos com colares de flores como muita gente imagina por ter visto essa cena no antigo seriado de TV “A Ilha da Fantasia”. Se você se lembra desse seriado, tá velho heim! 

Esgotados e com os traseiros achatados de tantas horas sentados, fomos pegar o carro na locadora e partir para o hotel. Nem nessas horas a Ju me poupa de suas espirituosidades... Eu quebrando a cachola pra instalar a cadeira de criança no carro e ela tirando foto do meu cofrinho...


coins required - quarter dollar

Logo que chegamos, enquanto um funcionário do hotel levava nossas malas para o kitinete, saímos do elevador e nos deparamos com um casal falando Português... É engraçado como nessas horas a gente acaba se sentido amigo de pessoas que acabamos de conhecer. O casal, simpaticíssimo, fez questão de deixar o elevador e conversar conosco. Eles são do Rio e moram em Jacarepagua, quase vizinhos nossos no Brasil. E o “Zé Luis” ainda pegava onda também. Foi ótimo encontrá-los. Zé Luis nos deu dicas valiosíssimas sobre onde comprar, onde comer, onde se divertir, etc...

Diogo adorava tudo que via, e estava iludido de que a kitinete do hotel no qual nos hospedamos era a nossa “casa do Havaí”, que por sinal é ótimo, e fica localizado na rua mais badalada de Honolulu... Na mesma avenida onde iremos instalar a nossa carrocinha de pipoca com sabor de teriyaki para atrair as centenas de japoneses que visitam o HI...rsrs

Os funcionários do hotel já nos tratavam como parentes, tudo lá é muito limpinho e organizado.

Chegar ao hotel e ser saudado com um “Aloooooha”!!! causa uma sensação maravilhosa, e faz a gente se sentir em casa. Sempre que chegávamos ao hotel de carro, os valets faziam questão de perguntar onde eu havia surfado, como estava o mar, e seu nós havíamos tido um dia bom, e eu fazia questão de dizer tudo, com uma empolgação que não me é peculiar...

PS.: Juliana diz que nem que eu ganhasse na mega sena sozinho demonstraria algum tipo de vibração. Ela brinca comigo dizendo que a minha reação seria algo do tipo:... “pô legal..." e complementaria com algo do tipo: "Pelo menos a gente não vai mais precisar vender pipoca, neh... pois então... quando que a gente pode se mudar pro Hawaii de vez?”. hehehe.. Vou aproveitar para deixar registrado aqui que eu não sou uma pessoa fria, apenas não costumo demonstrar muita empolgação com as coisas, sabe? Se algum dia não fiz cara de surpresa quando poderia pelo menos ter me expressado com um "Uau!", é porque não sei mesmo reagir de forma diferente.

 Apesar do cansaço e do efeito Jet lag, eu estava muitíssimo empolgado (do meu jeito, claro) e louco para explorar o lugar. Mas Diogo apagou, Juliana também se aleitou, e eu fui pra rua procurar comida. Voltei para o hotel com pacotes de macarrão instantâneo, e sucos industrializados da ABC Stores.



continua...





sábado, 14 de julho de 2012

Férias no Hawaii - parte 1


Aloha!



Pois eh, só agora resolvi escrever sobre as nossas férias no HI. Como elas foram prolongadas, pensei que, durante a estadia, pudesse parar para descansar uma horinha do dia a ponto de sentar e dar mais sentido ao blog de Jad Family, ou seja, atualizá-lo no decorrer da viagem.

Aliás, nosso blog foi construído com esse objetivo. Mas mal paramos para descansar, e eu confesso também que não quis saber de computador na minha frente... Aquela ilha me deixou zen demais para pensar em Word e internet. Internet ficou a cargo da Ju para jorrar fotos no facebook e pagar as contas do mês. Até teve um dia em que, por volta das 10h PM em Waikiki, após remadas de stand up em Ala Moana, surf no North Shore, e rolé em Haleiwa, eu pensei em escrever sobre o que havia rolado naquele pouco mais de um terço de nossas aventuras por lá. Diogo estava dormindo desde as 6 pm, e eu havia cochilado durante umas três horas. Ju arrumava as bugigangas que havia comprado na semana, enquanto eu me estirava na cadeira da varanda do hotel com espasmos causados por uma mistura de cansaço, preguiça, êxtase, adrenalina, e sei lá mais o que, esperando a vontade de escrever aparecer. Quando eu estava pegando corajem para ligar o computador, Diogo acordou e... pronto... só Deus saberia a que horas o nosso herói iria dormir novamente. Então desisti de escrever e virei criança mais uma vez para aproveitar todos os segundos possíveis e absorver toda a alegria tão gostosa que o Diogo demonstrava o tempo todo, mesmo na hora de dormir e ao acordar.



Os dias realmente foram muito mais intensos do que imaginávamos, pois o HI tem bastante coisa pra fazer além de praia, e bastante lugar para conhecer. Estávamos muito encantados com tudo, e nada poderia ter sido melhor do que estava sendo. Juliana estava alucinada como nunca havia visto, e, seu lado “empreendedor” já estava se manifestando com a ideia de vivermos lá ganhando a vida vendendo pipoca na avenida Kalakaua... tsc tsc tsc... Sim, ela sacou que carrocinha de pipoca foi uma das poucas coisas que não viu no HI. Picanha e feijão preto (e salgado), idem. Aliás, vamos combinar que a comidinha brasileira faz uma falta danada quando estamos fora do país... neh não??



Continua... 

quinta-feira, 1 de março de 2012

Itamambuca 2011 – JAD & agregados!!!


Sempre que fica um “gosto de quero mais” nas viagens em que fazemos juntos, retornamos ao local! Eu e Ju havíamos combinado de voltar ao resort Itamambuca quando Diogo completasse dois anos, e assim fizemos. Dessa vez, com três malas a mais: uma do Diogo, e duas malas humanas: Dinda Renata (na fase “que isso gordinha, que isso! Que isso gordinha!) e “tio máchio” (com visual Wolverine, na fase “solteiro sim sozinho nunca”)  – duas figuras super queridas, embora hilariantes e sem noção – no bom sentido, claro.

Essa mini trip tinha dois objetivos principais: contemplar o júbilo de estar neste lugar em família, já que na primeira vez que estivemos ali a Ju estava grávida. O outro era poder surfar as ondas fáceis da praia de Itamambuca para fechar as férias de 10 dias que eu gozara.

A ida foi um pouco cansativa, pois neste dia eu havia surfado no Recreio durante toda a manhã e a tarde também, e não cheguei sequer a tirar um cochilo. Ao chegar do surf, tomei um banho rápido, arrumei minha mala, peguei o Diogo na creche, depois fui pegar o tio máchio em seu ap, e partimos ao Centro da cidade para pegar a Ju e a dinda Renata na saída de seus respectivos trampos. Levei cerca de duas horas da Barra ao Centro, e de lá até o início da Rio Santos, local onde sempre considero o início da viagem, mais de uma hora e meia. Paramos para botar pra dentro um baita junk food antes de seguir em frente.


Parada no Bob´s para um lanchinho!

Desta vez, não deu para desfrutar da estrada que tanto gosto, pois estava tarde e não via a hora de chegar logo ao destino. Os surtos “tagareleizon sem noção” dos agregados, e o ipod do tio máchio animaram a ida. O bluetooth do ipod nos livrou das mesmas músicas que tocam em nosso carro desde o casamento, e do DVD que só rodava “Relâmpago Mcqueen” do filme “Carros”.
Fomos ouvindo, diretamente do ipod, desde “get up stand up” do Bob Marley até “Lady in Red” de Chris De Burgh...rsrsrs ...Bem eclético esse tio máchio...

Na primeira vez que estivemos nesse resort, ficamos hospedados num chalé-camping, mas, desta vez, aproveitamos uma dessas promoções de site e reservamos um belo bangalô com direito a tudo e mais um pouco. Bom, na verdade, esta reserva foi só para JAD. Os agregados iriam se virar no chalé camping mesmo, mas os malas não levaram roupa de cama, etc. em suas bagagens. Então nós nos comovemos com a situação e os hospedamos no conforto do bangalô. Graças à nossa compaixão, dinda Rê e tio máchio ainda se livraram dos mosquitos, guaiamuns e outros bichos escrotos que costumam assombrar os chalés, e se livraram também de um possível surto de stress devido a uma certa incompatibilidade de gênios súbita que ocorrera entre ambas as figuras. Os dois simplesmente não se conheciam direito e já botavam a maior pilha forte um no outro. Claro que esta migração ocorreu na encolha, já que a promoção do bangalô, que por sinal era enorme e daria tranquilamente para hospedar duas famílias inteiras, dava direito a apenas um casal com filho de até dois anos. Assim, o chalé acabou servindo de guardaria de nossas pranchas, afinal o cubo de alvenaria fica mais próximo da praia do que o luxuoso bangalô. O chalé serviu, ainda, para uma certa pessoa ver a lua de cara, ou a cara de lua...Que estória é essa de lua e de cara, de cara e de lua? Mistério...

Como chegamos tarde da noite em Ubatuba, tratamos de arrumar logo as camas e dormir. Pela manhã, depois de respeitarmos os rituais matinais um dos outros (cada um mais estranho e chistoso que o outro), e nos divertirmos com as implicâncias bruscas entre os agregados, fomos degustar o delicioso e regado café da manhã do resort, que quase serviu de almoço. A disputa de quem comia mais era entre o Diogo, tio máchio e a dinda... que isso, gordinha, que isso! Que isso gordinha!






Eu e tio máchio estávamos doidos para surfar e depois do café todos nós partirmos direto para a praia. Estava rolando um campeonato de surf, e o canto da praia ficou ocupado pelos competidores. Tio máchio partiu na frente em direção ao meio da praia, e eu fui brincar um pouco com o Dioguinho antes de partir também em direção ao pico escolhido pelo tio máchio. Lá fizemos a mala. Oh ondinha boa aquela de Itamambuca! Estavam longas e manobráveis. Eu chegava à beira da praia com tremor nas “calungas” à cada onda finalizada.




Ju ficou na areia distraindo o Diogo e tricotando com a dinda Renata. Quer dizer: tricotando e pegando no pé da pobre da sobrinha, como de praxe. Aliás, se me recordo bem, um dos assuntos era que a dinda estava se programando para fazer uma viagem à Europa, sonhando com a França, Holanda..









Diogo também fez seus drops e suas manobras radicais na beira da praia! É muito engraçado: Ele deita na prancha, simula uma remada, dropa, e em seguida dá um pulinho pra fora da prancha. Na última foto dessa sessão, parece até que ele está levitando...rsrs








Mais à tarde fomos passear pelo resort, e depois partimos para o centro de Ubatuba . Demos um rolé por lá, e paramos para almoçar (pela hora, quase jantar...). Ju descobriu que havia um parquinho próximo ao bangalô e levamos Dioguinho até lá.  Depois de tanto correr e pular, bateu o sono e Diogo dormiu como um querubim.





Eu e Ju deixamos o querubim com a dinda e fomos tomar alguma coisa no bar... Vinho? Chamapagne? Absolut? Não! Para a dama – a Ju – frozen de pêssego. Pra mim – vagabundo - café com leite (minha mamadeira de toda noite). Eu perguntei se tinha aquele copinho de cachaça para tomar uma bela "média" de café com leite, mas fui obrigado a tomar expresso mesmo, numa daquelas xícaras que faz doer o dedo de tanto ter de apertar a alça para poder aprumar aquela espuma de leite que deixa sempre aquele bigodinho escroto, mas, anyway...
O cansaço bateu rápido e resolvemos dormir. Como os “sequelas” estavam doidos para curtir a noite “caída” de Ubatuba, emprestamos o carro a eles e apagamos! Na verdade, a Ju apagou. Quanto a mim, fiquei um pouco tenso por ter emprestado o carro, e, por mais que eu tentasse relaxar, um agravante: os grunhidos do casal empolgado que estava no bangalô ao lado (geminado) me fez custar mais ainda a dormir.

Acordei cedo doido para surfar. Dei um toque com delicadeza no tio máchio, que deu um pulo da cama dizendo que já estava pronto para cair no mar... que figura...
Saímos, e fomos comendo uns trakinas e tomando suco de caixinha no carro mesmo rumo à Praia Vermelha do Norte. Tava legalzinho lá, mas não tinha aquelas ondas longas de Itamambuca. Então voltamos ao resort e fomos surfar no mesmo pico do dia anterior. Mais uma manhã de boas ondas no meio da praia.

Depois fomos tomar o café da manhã e curtir uma piscininha. Tio máchio estava na fissura daquelas ondas e voltou à praia para dar a segunda caída enquanto que eu fiquei curtindo a piscina mesmo com Ju, Diogo e a dinda... que isso, gordinha, que isso! Que isso, gordinha!





Conviver em ambiente familiar com agregados de múltiplas idiossincrasias num bangalô é mais do que uma arte, é uma rara virtude. Acho que nunca havia juntado, num só fim de semana, uma quantidade tão grande de distúrbios de compulsão obsessiva e déficit de aplicação... Tô zoando, foi divertida demais a experiência de ter levado os “agregados de JAD” nessa trip.

Talvez ninguém tenha entendido o porquê do hit de sucesso na internet “que isso, gordinha, que isso! Que isso gordinha!” nesse episódio. Eu sei é que o misterioso imbróglio que não está evidente aqui fez a viagem da dinda para a Europa ir para as cucuias, e que a conta bancária do Dr. Lucas é que acabou ficando mais gordinha. E tudo isso por causa desta viagem... Pra quem não entendeu o enigma da gordinha, pergunta pra dinda Renata que ela conta! Ou não?! hehehehehehe







A l o h a !

Até aqui, narramos alguns momentos legais que adoramos recordar, com alguns detalhes espirituosos, obviamente, pois dessa forma revelamos um pouco da nossa personalidade, e faz refletir também o que mais admiramos nas pessoas:  despretensão, humildade e bom humor!

Doravante, vamos compartilhar sempre um momento presente e especial.